INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS

Museu Victor Meirelles

León Cogniet – Nova obra no acervo MVM

publicado: 02/09/2015 16h30, última modificação: 02/09/2015 16h30

A partir de agosto de 2015, o Museu Victor Meirelles passa a contar com uma obra de León Cogniet (1794-1880), doada por um colecionador particular. Mestre de Victor Meirelles na École Impériale et Spéciale des Beaux-Arts, Cogniet foi reconhecido como um notável retratista, paisagista e pintor de gênero de seu tempo. Após estudos na Villa Medici, onde funcionava a Academia Francesa de Artes em Roma, retornou a Paris e expôs nos Salons de 1822 e 1824. Seu sucesso lhe valeu numerosas encomendas destinadas à igreja Saint-Nicolas-des-Champs, ao Conselho de Estado, ao Museu do Louvre, ao Museu Histórico de Versailles e à igreja da Madeleine.

Cogniet estudou no ateliê de Pierre-Narcisse Guérin (1774-1833), matriz da pintura romântica francesa, tendo formado artistas como Eugène Delacroix (1798-1863). Uma das obras mais conhecidas de Cogniet é Le Tintoret Peignant sa Fille Morte, 1843, que aborda o desaparecimento precoce da filha de Tintoretto. A temática da morte seria frequente no repertório dos artistas desse período e Victor Meirelles pode ter sido influenciado por ela, em especial, com “A Morta” (veja a obra na sala ao lado). Cogniet foi colega de estudos de Theodore Géricault (1791-1824) e Ary Scheffer (1795-1858), ambos copiados por Victor Meirelles (veja ao lado a cópia de “As Mulheres Suliotas”).

Este estudo, pintado a óleo sobre madeira, muito provavelmente representa a carruagem de Apolo, como mostra o clarão no entorno da figura sobre a biga, os quatro cavalos que a conduzem bem como as tochas carregadas pelos anjos.