INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS

Museu Victor Meirelles

Fayga Ostrower: densidade e leveza

Imagem: 8507, litografia sobre papel, 1985, 68x48cm. Acervo: Instituo Fayga Ostrower.
Imagem: 8507, litografia sobre papel, 1985, 68x48cm. Acervo: Instituo Fayga Ostrower.

18 de agosto de 2010
18h – Encontro com a curadora Maria Luisa Tavora e com a presidenta do Conselho Consultivo do Instituto Fayga Ostrower, Noni Ostrower
19h – Abertura da exposição
Visitação: 19 de agosto a 14 de outubro

O Museu Victor Meirelles em parceria com o Instituto Fayga Ostrower realizará na próxima quarta-feira, 18 de agosto, durante a programação da Semana Victor Meirelles, a abertura da exposição Fayga Ostrower: densidade e leveza. A mostra é parte da comemoração nacional organizada para o ano de 2010 em homenagem aos 90 anos de nascimento da artista.

Segundo a curadora da exposição, Maria Luisa Tavora (Escola de Belas Artes/UFRJ): “À Fayga Ostrower (1920-2001), artista e teórica da arte, está reservada uma posição de singularidade na arte brasileira. Artista plural, esta polonesa naturalizada brasileira marcou com seu talento ilustrações de poemas e de livros, capas de discos, projetos de murais, padronagens de tecidos, jóias, serigrafias, gravuras e aquarelas. Fiel à gravura, cujo aprendizado se deu nos anos 40, elegeu-a como meio expressivo preferencial, firmando-se por mais de 50 anos com uma densa produção”.

Às 18h, haverá um encontro com a curadora Maria Luisa Tavora e também com a presença de Noni Ostrower, filha da artista e presidenta do Conselho Consultivo do Instituto Fayga Ostrower:

Projeto Diálogo com a Desterro
Nesta mesma data o Museu Victor Meirelles realizará a 18ª edição do projeto “Diálogos com a Desterro”, com o artista C. L. Salvaro, com a obra Vistas. A proposta do projeto Diálogos com a Desterro é estabelecer um contato entre a pintura de Victor Meirelles “Vista do Desterro, atual Florianópolis” (1851), e obras de outros artistas. A cada nova edição, uma obra diferente é apresentada na exposição de longa duração “Construção” junto à obra de Victor Meirelles.

Sobre os artistas:
Fayga Ostrower (Lodz, Polônia 1920 – Rio de Janeiro RJ 2001). Gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, ceramista, escritora, teórica da arte, professora. Vem para o Brasil em 1934. Cursa artes gráficas na Fundação Getúlio Vargas – FGV, em 1947, onde estuda xilogravura com Axl Leskoschek (1889 – 1975) e gravura em metal com Carlos Oswald (1882 – 1971). Sua produção inicial em xilogravura apresenta temática predominantemente social. No início dos anos 1950 passa a produzir obras abstratas. Entre 1954 e 1970, leciona no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM/RJ. Em 1955, viaja para Nova York como bolsista da Fulbright Comission. Trabalha no Brooklyn Museum Art School e estuda gravura no Atelier 17, de Stanley William Hayter (1901 – 1988). Em 1969, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro publica um álbum de gravuras realizadas entre 1954 e 1966. A partir da década de 1970, dedica-se também à aquarela. Publica vários livros sobre questões de arte e criação artística, entre eles Criatividade e Processos de Criação, 1978, Universos da Arte, 1983, Acasos e Criação Artística, 1990, e A Sensibilidade do Intelecto, 1998. (verbete extraído da Enciclopédia Itaú Cultura Artes Visuais)

C. L. Salvaro (Curitiba, 1980)
Nos últimos anos desenvolveu trabalhos em artes visuais focados nas estratégias de (in)visibilidade nas diferentes camadas formadoras de circuitos. Graduado em Educação Artística pela Faculdade de Artes do Paraná (2001), atualmente cursa o Mestrado em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2010). Entre exposições coletivas e individuais, e ações desenvolvidas no contexto urbano, apresentou trabalhos que lidam com o espaço político (institucional) ou físico, o próprio meio de arte como propulsor e ajuntamentos de matéria e resquícios urbanos. Em diversos momentos, para a realização de trabalhos, exposições e outras ações, atuou em parceria com outros artistas.