Revista Eletrônica um ponto e outro nº 05 – Renata de Andrade
Revista do programa de exposições do Museu Victor Meirelles
Depoimentos
O lixo nas grandes cidades é uma realidade econômica e por isto desperta significado estético, porque faz parte do problema e da necessidade desta sociedade ou atualidade. A estranheza sugerida no trabalho de Renata de Andrade é manifesta em seu interesse pelas técnicas manuais e pelo uso de materiais não usuais. Se conseguirmos eliminar os esteriótipos seu trabalho fica simples, constrói propósitos e valores que despertam o observador. Não existe dramaticidade, Renata de Andrade apenas “narra”, entre formas e defomações nosso contexto.
Jorge Franco, artista plástico, São Paulo
O trabalho da Renata é fascinante. Ela nos comunica suas idéias sobre a atual sociedade como grande produtora de lixo, ao mesmo tempo criando uma linguagem artística muito própria.
Petra Hoogerwerf, colecionadora, Amstedã
Quando ando pelas ruas da cidade, Renata de Andrade muda a maneira como olho: eu vejo as composições, cores e texturas das coisas jogadas fora. De Andrade trabalha como uma feiticeira, mostrando o que nao era visível e transformando o feio em belo. É uma artista muito especial na arte contemporânea européia.
Miriam Gomperts, artista plástica e médica, Amsterdã
O trabalho de Renata de Andrade contagia por estar em toda parte.
Regis, artista plástico, Arraial D´Ajuda
Eu acho que o trabalho de Renata de Andrade tem um alto grau de complexidade, exatamente por ser muito simples. Ela transforma o lixo achado nas ruas em uma combinacao interessante de cores, formas e materiais. Parece que ‘o que voce ve eh o que eh’, no entanto ‘o que voce nao ve’ no trabalho dessa artista torna-se a questao mais importante. Eh como descascar uma cebola, cada camada fina esconde um sentido novo e surpreendente, de uma finalidade intencional.
Mirta Demare, galerista, Roterdã
O trabalho de Renata de Andrade tem o raro poder de transformar nossa capacidade de observação, tornando-a acima de tudo mais atenta e generosa com relação a tudo que nos cerca.
José Mauro Corrrea, colecionador, São Paulo