INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS

Museu Victor Meirelles

Carlos Scliar e Amador Perez – “Novas Aquisições”

Exposição das duas mais novas aquisições do Acervo do Museu Victor Meirelles. São elas:

“A Taça de Vinho”, de J. Vermeer (Série: de I a VIII) de Amador Perez e “Telhados de Ouro Preto” (Exemplar 101/200-9) de Carlos Scliar.

Carlos Scliar

Biografia

"Telhados de Ouro Preto" (Exemplar 101/200-9), Carlos Scliar, Agosto de 1977, Ouro Preto/MG, Serigrafia sopbre papel canson 200mg, 50,0 x 70,0 cm
“Telhados de Ouro Preto” (Exemplar 101/200-9), Carlos Scliar

Carlos Scliar (Santa Maria RS 1920 – Rio de Janeiro RJ 2001). Pintor, desenhista, gravador, ilustrador, cenógrafo, roteirista, designer gráfico. Estuda com Gustav Epstein, em Porto Alegre, em 1934. Participa, em 1938, da fundação da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa. Entre 1939 e 1947, residindo em São Paulo, integra a Família Artística Paulista – FAP. Em 1942, publica seu primeiro álbum de litografias, Fábula. Faz ilustrações para livros e cenários de teatro. No Rio de Janeiro, escreve e dirige em 1944 o documentário Escadas, sobre os pintores Arpad Szenes (1897 – 1985) e Vieira da Silva (1908 – 1992). Convocado pela Força Expedicionária Brasileira – FEB, participa da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), na Itália, entre 1944 e 1945. Morando em Paris de 1947 a 1950, entra em contato com o gravador mexicano Leopoldo Méndez (1902 – 1968). De volta ao Brasil, funda com Vasco Prado (1914 – 1998) o Clube de Gravura de Porto Alegre. Em 1956, passa a viver no Rio de Janeiro. É diretor do departamento de arte da revista Senhor entre 1958 e 1960. Funda a editora Ediarte, em 1962, com os colecionadores Gilberto Chateaubriand, Michel Loeb, Carlos Nicolaievski e o pintor José Paulo Moreira da Fonseca. Em 1969, é publicado o Caderno de Guerra de Carlos Scliar, com seus desenhos realizados durante a guerra. Na década de 1970, executa painéis para a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Entre 1992 e 1999, a mostra Ouro Preto, Saudades de Quem Te Ama percorre várias cidades brasileiras. Em 1999, realiza o álbum de serigrafias 1500/2000 – A Redescoberta do Brasil.

Comentário Crítico

Em seus desenhos, gravuras e pinturas de início de carreira, o artista demonstra afinidades com as vertentes expressionistas, além de proximidade com as obras de Candido Portinari (1903 – 1962) e Lasar Segall (1891 – 1957).

Sua pesquisa, durante a década de 1940, centra-se na gravura, trabalhando principalmente com a litografia e o linóleo. Em 1944, o artista combate na 2ª Guerra Mundial (1939-1944), permanecendo na Itália por quase um ano. Nesse período, realiza mais de uma centena de desenhos a nanquim, nos quais não apresenta registros de guerra ou de heroísmo, mas paisagens desoladas ou anônimos soldados em descanso.

Em 1949, publica um álbum com as ilustrações que realiza para a edição francesa do livro Seara Vermelha, de Jorge Amado. Nessas gravuras, apresenta aproximações com a xilogravura popular e procura corresponder ao clima árido e violento existente no romance. Com a fundação do Clube de Gravura de Porto Alegre, faz, como outros integrante do grupo, viagens pela terra gaúcha a fim de registrar costumes regionais. Posteriormente, além de trabalhos gráficos para jornais, dedica-se de novo à pintura e à colagem. Seus temas mais constantes são as naturezas-mortas, nas quais dialoga com a obra de Giorgio Morandi (1890 – 1964) e também com a de Picasso (1881 – 1973) e Braque (1882 – 1963).

Amador Perez

“‘A Taça de Vinho’, de J. Vermeer (Série: de I a VIII)”, Amador Perez, 2004, Rio de Janeiro/RJ, Impressão a laser sobre papel couché, 21,3 x 29,7 cm
“‘A Taça de Vinho’, de J. Vermeer (Série: de I a VIII)”, Amador Perez

Amador Perez mora e trabalha no Rio de Janeiro, onde nasceu em 1952.
Depois de estudar com Aloísio Carvão e outros professores no MAM (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro), participou de várias exposições coletivas e obteve prêmios em salões de arte diversos.
Sua primeira exposição individual foi no MAM, em 1977, mas marcou entrada no mercado de arte expondo na Galeria Cesar Aché em 1981, também no Rio de Janeiro.
Formado em projeto gráfico pela Escola de Belas Artes da UFRJ (1976), trabalhou como professor em diversas instituições culturais e universidades. Atualmente leciona na ESDI (Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ) e no Departamento de Artes e Design da PUC.

Visitações:

Exposição aberta de 17 de julho a 14 de agosto de 2014.

Horários:

Aberto de terça a sexta-feira, das 10h às 18h.
Sábados das 10h às 14h.

Informações:

(48) 3222-0692
museuvictormeirelles.museus.gov.br
mvm@museus.gov.br