Revista Eletrônica um ponto e outro nº 06 – Martinho de Haro
Revista do programa de exposições do Museu Victor Meirelles
Depoimentos
Para onde correm os cavalinhos de Martinho de Haro? Em meio a um cenário urbano atemporal, eles emergem da memória, puxando os seus cabriolés pelas ruas, becos e cais de Florianópolis, sob um céu que parece, por vezes, desabar sobre a cidade.
Com suas cores terrosas, seus ocres, seus cinzas e azuis harmonizados com excepcional sensibilidade, ali estão representadas imagens colhidas no cotidiano do pintor: o mar junto ao cais, com seus barquinhos a vela, sua louça de barro, a catedral, a igreja de São Francisco. Transfiguradas, entretanto, pela mão do artista, elas residem para sempre num mundo aparte, o da contemplação estética. É para lá que os cavalinhos transportam o nosso olhar.
Jandira Lorenz