INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS

Museu Victor Meirelles

Edificação

No ano de 1945, Rodrigo Mello Franco de Andrade, criador do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), dedicou-se a implementação do Museu Victor Meirelles, a ser instalado em Florianópolis no imóvel onde nasceu o mestre da pintura brasileira.

Como uma das poucas edificações de estilo claramente oitocentista preservadas no Centro de Florianópolis, a casa onde nasceu Victor Meirelles, construída muito antes da proliferação dos automóveis, estava ameaçada de demolição pois estrangulava a rua e deveria dar lugar ao tráfego. Esta ameaça fez com que o projeto de instalação de um museu fosse retomado com mais veemência e em 22 de fevereiro de 1946 (exatamente 43 anos após a morte do pintor) o presidente Eurico Gaspar Dutra assinou o decreto que autorizava a aquisição da propriedade para a União. Quatro anos depois, em 30 de janeiro de 1950, foi tombada como patrimônio nacional.

Apesar de não apresentar perigo de ruir, a casa reclamava por reformas. O descuido do proprietário e a negligência dos inquilinos fez com que ela ficasse todos os anos de sua existência em completo abandono. Foi vital a preocupação em manter o estilo e, para tanto, o plano de obras do SPHAN foi rigoroso: “toda e qualquer peça nova deverá ser igual em qualidade e aspecto à peça existente”.

O prédio passou por obras de Restauração e Ampliação com investimento do PAC Cidades Históricas, do Governo Federal, totalizando R$ 4,82 milhões. A cerimônia de entrega, promovida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ocorreu no dia 25 de maio de 2019.
O projeto integrou os dois edifícios – o antigo sobrado luso-brasileiro, do final do século XVIII, que abriga o Museu Victor Meirelles desde 1952, casa onde nasceu o artista, e o edifício adjacente, da década de 60, cedido pelo governo do Estado de Santa Catarina, ampliando a área do MVM de 400 m² para 740 m².

A instituição museológica recebeu um elevador que atende simultaneamente os dois edifícios, configurando-se como forte elemento de ligação entre as diferentes arquiteturas. O ambiente interno agora dispõe de um auditório, uma grande ala de exposições temporárias, além de salas para oficinas de arte diversas. Foi incluído um espaço de convivência social, que servirá para contribuir com a manutenção e sustentabilidade do museu.

Além disso, o museu passou por melhorias gerais, como climatização, nova iluminação, implantação de condições de acessibilidade e segurança.