Dias 9, 10, 11 e 12 de fevereiro de 2010 às 18h30
Sala Multiuso do Museu Victor Meirelles
O Projeto Agenda Cultural 2010 apresenta uma programação especial dedicada ao diretor francês Eric Rohmer (1920-2010), recentemente falecido em 11 de janeiro último. A exibição contemplará os Contes des quatre saisons (Contos das quatro estações), filmados por Rohmer ao longo da década de 1990. O evento é uma parceria do Museu Victor Meirelles, da Aliança Francesa e da Cinemateca da Embaixada da França.
Na abertura do ciclo, na terça-feira, dia 9, após a exibição de “Conto de Primavera” haverá um debate com o cineclubista Gilberto Gerlach. Logo após a sessão de quinta-feira, será exibido o documentário La Fabrique du Conte d´été, dirigido por Jean-André Fieschi em 2005. Trata-se de uma viagem pelo filme Conto de Verão, de Rohmer.
Programação
09 de fevereiro – Conto de Primavera (Conte de Printemps, 1990)
10 de fevereiro – Conto de Inverno (Conte d´hiver, 1992)
11 de fevereiro – Conto de Verão (Conte d´été, 1996), seguido de La Fabrique du Conte d´été (direção: Jean André Fieschi, 2005).
12 de fevereiro – Conto de Outono (Conte d´automne, 1998)
Sobre Eric Rohmer
“Em 1952, Eric Rohmer inicia sua carreira com a realização de Les petites filles modèles que ele não chega a finalizar em virtude de uma produção deficiente. Em 1959, ele efetua um novo ensaio com Le signe du lion com produção de Claude Chabrol. O filme é um fracasso, não se beneficiando do entusiasmo que suscitavam então os filmes da Nouvelle Vague. Será apenas em 1969 que Rohmer chamaria a atenção da crítica com Ma nuit chez Maud, com Jean-Louis Trintignant e Françoise Fabian nos papéis principais. Os temas favoritos de Rohmer aparecem claramente definidos: o sentimento amoroso, a investigação sobre o universo feminino, os reencontros. O cineasta se lança num projeto ambicioso: sob o título de Contes moraux, ele reúne diversos filmes tal qual: La boulangère de Monceau (1962), La collectionneuse (1966) e L’amour l’après-midi (1972). Eric Rohmer gostava de trabalhar em todas as partes de seus filmes: ele escreve os roteiros perpassados por narrativas com elementos autobiográficos. Fiel na escolha de seus colaboradores, ele convocou diversas vezes o diretor de fotografia Nestor Almendros, figura emblemática da fotografia da Nouvelle Vague. Le genou de Claire (1970) é uma obra de arte do esteticismo. O estilo de Rohmer é bem característico: a ação se desenrola lentamente, os diálogos são simples, os atores não parecem estar sendo dirigidos, como se eles improvisassem serenamente. Cada plano é composto como um quadro, evocando Gauguin e os impressionistas. Ao longo dos anos 1980, Rohmer roda seus novos filmes, Pauline à la plage (1982) ou Les nuits de la pleine lune são saudados pela crítica. No início dos anos 1990, ele empreende um novo ciclo de contos, cada um evocando uma estação, sendo o último, Conte d’automne, lançado em 1998. Mudando completamente o tom em 2000 comL’anglaise et le duc, afresco histórico com o fundo da Revolução Francesa onde uma jovem inglesa fiel ao Rei se eleva por seus ideais. Em 2003, Rohmer realiza Triple agent, história de um casal russo refugiado em Paris após a revolução bolchevique. Último filme, Les amours d’Astrée et Céladon (2007), revisita o mito pastoral deHonoré de Urfé, num quadro onde reinam as crenças e tradições” (Texto extraído de Ciné-Ressource, catálogo das bibliotecas e arquivos de cinema franceses, do website da Cinémathèque Française).
Filmografia completa
http://cinema.encyclopedie.personnalites.bifi.fr/index.php?pk=12915