“Tem como objetivo expor novos procedimentos na leitura de uma obra plástica através do estudo do processo de criação dos artistas enfocados. O primeiro artista plástico escolhido foi o mineiro Amilcar de Castro (Paraisópolis, MG-1920), tendo como coordenadores de tal pesquisa, os artistas plásticos e professores de arte, Fernando Augusto dos Santos Neto – Prof. da Universidade Estadual de Londrina e Regina Melim – Profª. da Universidade do Estado de Santa Catarina.
O Projeto visa, também, em contribuir para o resgate de nossa história, no qual a Arte Brasileira tem um papel de suma importância; para a superação de uma deficiência em nossa cultura onde as expressões artísticas foram muitas vezes recalcadas, seja no fato de subestimar a importância da visualidade como componente cultural, assim como pela concepção arcaica de muitas vezes reduzir nossa expressões em meras produções de gerações.
O projeto consiste de coleta de dados e informações do artista através de entrevista gravada em seu atelier, assim como, registro fotográfico de sua obra, culminando com a exposição de desenhos, gravuras e maquetes de esculturas para que o público possa conhecer seu processo de criação”.
O ARTISTA
Amilcar de Castro, desenhista, pintor e escultor, figura na Arte Brasileira Contemporânea como um de seus mais importantes artista. Aluno de Guignard, Amilcar inicia seu aprendizado, com este grande mestre, nos anos 40. nos anos 50, residindo no Rio de Janeiro, será o grande responsável pela grande reforma gráfica no Jornal do Brasil. Ainda nessa mesma década participará do movimento Neoconcreto, movimento este que concederá, finalmente, autonomia para a Arte Brasileira em relação a outros centros como Europa e EUA. Nos anos 70, após um período de permanência por três anos em Nova Iorque, Amilcar de Castro retorna a Belo Horizonte onde como professor e criador, vive até hoje.
A OBRA
A obra de Amilcar de Castro se apresenta em forma de desenhos, gravuras, pinturas e esculturas em chapas ou blocos de ferro, tendo a linha como estrutura de sua sensibilidade. É através dela que o artista estrutura o espaço, seja no papel, na tela ou chapa de ferro.
Sua busca vai sempre em direção a uma síntese, assim, economiza nos traços ou nas dobras de sua escultura atingindo dessa maneira a essência do objeto representado.
Geométrico, seu desenho vai sempre nos mostrando a decantação que o artista faz de seu olhar atento à natureza.
Visitações:
Exposição aberta de 18 de dezembro a 23 de março de 1997 .
Horários:
Aberto de terça a sexta-feira, das 10h às 18h.
Sábados das 10h às 14h.
Informações:
(48) 3222-0692
museuvictormeirelles.museus.gov.br
mvm@museus.gov.br