De 1º a 24 de março de 2018
Das 16 às 18 horas
Integrada ao programa de comemoração dos 40 anos da Bienal Internacional de Arte de Cerveira (BIAC), Videorama é a primeira mostra de vídeos da Coleção do Museu da Bienal de Cerveira realizada no Brasil. Apresenta uma seleção de vídeos originalmente exibidos na bienal, representativa da ampla diversidade de gerações, origens e de experimentações artísticas que marcaram e definiram a BIAC ao longo da sua história e a sua importância no panorama artístico contemporâneo português e internacional.
Videorama versa sobre a experimentação videográfica própria do início do século XXI que, de acordo com Arlindo Machado, transita entre a profusão de técnicas e os modos precários de captação e criação de imagens – cinema, vídeo digital, imagens sintéticas, fotografias, arquivos pessoais -, e entre os vários gêneros e/ou linguagens artísticas – videografia, filme, performance, documentário, ficção etc. Experimentações estas não técnico-formais, mas orientadas por conceitos, parâmetros experimentais. Neste sentido, Videorama versa também sobre identidade, sobre representação, sobre apropriação, sobre o real e, principalmente, sobre o tempo não fluente e sim descontinuado.
Comissariada por Elisa Noronha e José António Lacerda, a mostra inclui vídeos dos artistas Fernando Velázquez(UY), Cristian Gradín Carbajal(ES), Xosé Lois Vásquez(ES), José Manuel Moriño(MX), Marcin Dudek(PL), Albert Merino(ES), Nela Quesada(ES), Luis Filgueiras(PT), Boja Vasic(CA), Paula Almozara(BR), Inês Norton(PT), Johanna Speidel(DE) e Mariko Aoki(JP).
A Bienal
Com mais de quatro décadas de existência, a Bienal Internacional de Arte de Cerveira detém um passado histórico. Falar dos seus inícios implica contextualizar um período que engloba a transição democrática de Portugal, em 1974. Como corolário do pós-regime ditatorial, prevalecia uma necessidade de intervenção artística como modelo recuperado de expressão livre. A ânsia criativa, até então repreendida, pronunciava-se fortemente.
É neste contexto que surgem os Encontros Internacionais de Arte, cuja organização estava a cargo do Grupo Alvarez do Porto e de Jaime Isidoro. Ambicionava-se estabelecer a criação de espaços livres de intervenção de rua, elevando o diálogo arte/população ao seu máximo expoente, mediante um contato presencial com o artista.
Lemos Costa, presidente da autarquia de Vila Nova de Cerveira na altura, consciente do valor da interferência da arte no desenvolvimento social, proporcionou um ambiente excepcional para a realização da sua V edição, dando assim origem a I Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira. Tendo ocorrido entre os dias 5 e 12 de Agosto de 1978, esta Gala da Arte Portuguesa e Estrangeira, visava o intercâmbio de ideias como um impulsionador de transformações e uma urgente mudança econômica, social e cultural. Sob o mote de levar a arte à rua, a Bienal Internacional de Arte de Cerveira afirmou-se como um evento de referência, dos mais marcantes das artes plásticas no país.
Após 40 anos, a Bienal Internacional de Arte de Cerveira é hoje uma marca com notoriedade nacional e internacional. Cultivando e estimulando a criatividade da região, tem vindo a atrair o público a um ritmo crescente e a alargar a sua incidência geográfica ao promover exposições em espaços culturais localizados noutros concelhos do Vale do Minho e da Galiza. Este fenômeno de descentralização cultural e internacionalização tem proporcionado um espaço de encontro, interação, divulgação de ideias e uma oportunidade de projeção para artistas nacionais e internacionais.
O Museu da Bienal de Cerveira
Apesar de ser um desejo que acompanha a Bienal Internacional de Arte de Cerveira desde sua primeira edição, o Museu Bienal de Cerveira é criado apenas no início do século XXI. Atualmente possui uma importante coleção de arte contemporânea com mais de 600 obras provenientes de prêmios atribuídos, doações e aquisições realizadas majoritariamente no âmbito das BIAC. Uma coleção que se apresenta como um valioso patrimônio cultural, refletindo o panorama artístico português das últimas quatro décadas e onde estão representados artistas portugueses e estrangeiros, de distintas gerações e comprometidos com as mais diversas experimentações artísticas.
Programa
Os horários de exibição são de terça a sexta-feira, das 16 às 18 horas. O Museu Victor Meirelles está funcionando na sede provisória, à Rua Rafael Bandeira, nº 41 – Centro, Florianópolis/SC. A entrada é gratuita.
Mostra Videorama
Vídeos da Coleção do Museu Bienal de Cerveira, em Portugal
De 1º a 24 de março de 2018
Exibições de terça a sexta-feira, das 16 às 18 horas
Entrada Gratuita
Museu Victor Meirelles
Rua Rafael Bandeira, nº 41 – Centro – Florianópolis/SC
Tel.: 48 3222-0692