A 20ª Semana Nacional de Museus, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), tem como tema em 2022 “O poder dos museus”, refletindo sobre a importância libertadora dessas instituições. O Museu Victor Meirelles (Ibram/Secult/MTur) participa do evento com o ciclo de debates “O modernismo pelo retrovisor: do Tropicalismo à Semana de Arte Moderna”, de 17 a 31 de maio. Também está entre as atividades a retomada das visitas mediadas com agendamento prévio para grupos, através do e-mail mvm.educativo@museus.gov.br.
O Museu Victor Meirelles propõe debater o legado da Semana de Arte Moderna de 1922, que completa 100 anos, por meio do ciclo de debates “O modernismo pelo retrovisor: do Tropicalismo à Semana de Arte Moderna”, que apresentará perspectivas em diálogo com as diversas linguagens artísticas: artes visuais, cinema, literatura e música, em uma parceria com o Museu Villa-Lobos, o Grupo de Estudos Nino Gramsci (UFSC/UDESC) e o Núcleo de Estudos Literários e Culturais (NELIC/UFSC). A transmissão online ao vivo será gratuita via YouTube MVM (http://bit.ly/museuvictormeirelles) para as mesas 1, 2, 4 e 5 e no Youtube do Museu Villa-Lobos (https://youtube.com/c/MuseuVillaLobos) para a mesa 3.
Um total de cinco mesas compõem o ciclo. A mesa 1, no dia 17 de maio, às 19h, apresenta o tema “Glauco Rodrigues: experimentação, autodidatismo e antropofagia”. Os convidados da mesa 2, no dia 19 de maio, às 16h, falarão sobre “Antropofagia e literatura: estética, cultura e política”. “O som da brasilidade: teleologia e experimentação do modernismo de Villa Lobos ao Tropicalismo” é o assunto da mesa 3 no dia 25 de maio, às 19h. Já no dia 26 de maio, às 19h, a mesa 4 será sobre o “Patrimônio Cultural no Brasil: legado do modernismo e de Mário de Andrade na institucionalização da cultura”.
Por fim, a mesa 5 apresenta o tópico “Antropofagia, hibridismo e tradutibilidade: abordagens filosóficas do legado da Semana de Arte Moderna no Brasil” no dia 31 de maio, às 19h. Não são necessárias inscrições prévias. A plateia presente ao vivo receberá link da lista de presença pelo chat do YouTube durante o evento, tendo direito a certificado.
Programação Completa
Ciclo de debates: O modernismo pelo retrovisor: do Tropicalismo à Semana de Arte Moderna
Quando: 17 a 31 de maio de 2022
Organização: Museu Victor Meirelles; Museu Villa-Lobos; Grupo de Estudos Nino Gramsci (UFSC/UDESC); NELIC – Núcleo de Estudos Literários e Culturais (UFSC)
Transmissão gratuita:
Canal do YouTube do Museu Victor Meirelles: http://bit.ly/museuvictormeirelles (mesas 1, 2, 4 e 5)
Canal do YouTube do Museu Villa Lobos: https://youtube.com/c/MuseuVillaLobos (mesa 3)
Mesa 1 – Glauco Rodrigues: experimentação, autodidatismo e antropofagia
Quando: 17 de maio, 19h.
Onde: http://bit.ly/museuvictormeirelles
Convidados:
José Teixeira Brito (Zeca Brito) – cineasta e mestre em Artes Visuais. Autor de “Glauco Rodrigues e sua obra: trânsitos no tempo”; Diretor dos premiados documentários “Glauco do Brasil” e “O Clube de Bagé”.
Denise Mattar – Curadora de Artes Visuais e professora. Autora de “Glauco Rodrigues – crônicas anacrônicas, e sempre atuais, do Brasil”
Mediação: Professora Dra. Renata Rogowski Pozzo – Geógrafa, professora do curso de geografia na Universidade do Estado de Santa Catarina (campus Florianópolis), extensionistas e pesquisadora. Atua no encontro entre os campos da geografia urbana e dos estudos culturais. renata.pozzo@udesc.br
Mesa 2 – Antropofagia e literatura: estética, cultura e política
Quando: 19 de maio, 16h
Onde: http://bit.ly/museuvictormeirelles
Convidados:
Joca Wolff – Escritor, tradutor e professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Autor de Mário Avancini. Poeta da pedra (Florianópolis, Letras Contemporâneas, 1996) e Telquelismos latino-americanos. A teoria crítica francesa no entre-lugar dos trópicos (Buenos Aires, Grumo, 2009; Rio de Janeiro, Papéis Selvagens, 2016), entre outros. É co-editor da revista Landa e membro do Núcleo de Estudos Literários e Culturais (NELIC), ambos da UFSC.
Alexandre Nodari – Professor de literatura e filosofia na Universidade Federal do Paraná, e fundador do species – núcleo de antropologia especulativa. Pesquisador 2 do CNPq, prepara um livro sobre a Antropofagia de Oswald de Andrade.
Cláudio Daniel – Poeta, ensaísta e professor de escrita criativa. Doutor em Literatura Portuguesa (USP)
Mediação: Dr. Álvaro Marins de Almeida – Doutor em Teoria Literária pela UFRJ e mestre em Literatura Comparada pela mesma instituição. Autor dos livros de contos A mulher do fuzileiro e outras quase histórias (Língua Geral, 2016) e Suíte carioca e outros contos esquisitos (Graphia, 2020), publicou ainda o livro de ensaios Machado de Assis e Lima Barreto: da ironia à sátira (Utópus, 2004). Organizou a antologia Páginas esquecidas, de Machado de Assis (Língua Geral, 2008) e, também o volume Melhores poemas de Paulo Leminski (Global Editora, 1996). Pesquisador e editor no Museu Histórico Nacional/Ibram.
Mesa 3 – O som da brasilidade: teleologia e experimentação do modernismo de Villa-Lobos ao Tropicalismo
Quando: 25 de maio, 19h.
Onde: https://youtube.com/c/MuseuVillaLobos
Convidados:
Christofer Dunn – “Da antropofagia ao lixo lógico” – Professor Titular da Tulane University e Diretor Executivo da BRASA (Brazilian Studies Association). É autor de Brutality Garden: Tropicália and the Emergence of a Brazilian Counterculture e Contracultura: Alternative Arts and Social Transformation in Authoritarian Brazil, ambos publicados pela University of North Carolina Press.
Ricardo Averbach – “Villa-Lobos e a Antropofagia Musical” – Diretor de Orquestras da Miami University e tem regido anualmente orquestras em 15 países da América, Europa e Ásia. Ele foi maestro da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo nos anos 80, mas se radicou nos Estados Unidos há mais de 30 anos. Ele acaba de lançar o livro “Villa-Lobos and Modernism: The Apotheosis of Cannibal Music” com distribuição mundial.
Paulo de Tarso Salles – “O modernismo tropical de Villa-Lobos” – Musicólogo com pós-doutorado pela University California Riverside (UCR, 2013-2014) e doutorado em Composição pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp, 2003). Leciona desde 2008 no Departamento de Música da Universidade de São Paulo (USP), onde é Professor Associado na área de Teoria e Análise Musical. É autor dos livros Aberturas e impasses: a música no pós-modernismo e seus reflexos no Brasil (1970-1980) (Ed. Unesp, 2005); Villa-Lobos, processos composicionais (Ed. Unicamp, 2009); Os Quartetos de Cordas de Villa-Lobos: forma e função (Edusp, 2018) e organizou, com Norton Dudeque, o livro Villa-Lobos, um compêndio: novos desafios interpretativos (Ed. UFPR, 2017). Traduziu o livro Heitor Villa-Lobos: vida e obra (1887-1959) de Eero Tarasti (Ed. Contracorrente, 2021).
Mediação: Dr. Pedro Belchior – Doutor (2019) e mestre (2011) em História pela Universidade Federal Fluminense, é pesquisador e chefe da divisão técnica do Museu Villa-Lobos. É autor do livro Tristes subúrbios: literatura, cidade e memória em Lima Barreto (Eduff, 2017) e coautor do livro Nova fase da lua: escultores populares de Pernambuco (Caleidoscópio, 2012).
Mesa 4 – Patrimônio Cultural no Brasil: legado do modernismo e de Mário de Andrade na institucionalização da cultura
Quando: 26 de maio, 19h
Onde: http://bit.ly/museuvictormeirelles
Convidados:
Mariza Veloso – A carreira acadêmica foi desenvolvida na Universidade de Brasília, onde concluiu o Mestrado em 1983 e Doutorado em 1992, ambos em Antropologia. Possui pós-doutorado pela New York University (2002), com ênfase em Estudos Urbanos. É professora do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília e do Curso de Preparação à Carreira Diplomática no Instituto Rio Branco, do Ministério de Relações Exteriores–MRE. Pesquisa as áreas: Sociologia da Cultura; Sociologia Urbana; Sociologia da Memória e do Patrimônio Cultural; Sociologia dos Intelectuais e do Pensamento Social do Brasil..
Walter Lowande – Professor do curso de Licenciatura em História e do Programa de Pós-Graduação em História Ibérica da UNIFAL-MG. Doutor em história pela UNICAMP, com doutorado sanduíche pela University of Massachussets, Dartmouth. Atualmente desenvolve pesquisa de pós-doutorado no LETHE/UNIRIO acerca dos impactos das discussões sobre o Antropoceno na historiografia. Autor do livro Do americanismo ao interamericanismo: uma história transnacional da constituição de mundos modernos no Brasil (https://www.ifch.unicamp.br/publicacoes/pf-publicacoes/e-book-walter.pdf), com outras publicações e atividades acadêmicas nos campos dos estudos críticos de patrimônio, da teoria da história, da história da historiografia, da formação de professores(as) de história e da história pública.
Luisa Valentini – Antropóloga, com doutorado pela Universidade de São Paulo. É autora do livro Um laboratório de antropologia: o encontro entre Mário de Andrade, Dina Dreyfus e Claude Lévi-Strauss (2013, Alameda/FAPESP) e coordenadora editorial da Coleção Mundo Indígena, da Editora Hedra.
Inês Gouveia – Doutora em Museologia e Patrimônio, mestra em Memória Social, historiadora. Pesquisa e atua no tema do direito à memória e da representação da diversidade cultural. É docente no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB/USP).
Mediação: Dra. Mara Vasconcelos – Conservadora-restauradora no Museu Victor Meirelles. Doutora em Museologia e Patrimônio pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Mestra em Arqueologia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Graduada em Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e em Comunicação Social – Bacharelado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Mesa 5 – Antropofagia, hibridismo e tradutibilidade: abordagens filosóficas do legado da Semana de Arte Moderna no Brasil
Quando: 31 de maio; 19h.
Onde: http://bit.ly/museuvictormeirelles
Convidados:
Alexandre Pilati – (Brasília, 1976). É professor de literatura brasileira da Universidade de Brasília e poeta. É autor, entre outros, dos estudos A nação drummondiana (2009), Poesia na sala de aula (2017) e Pasolini: poesia, paixão e política (2022). Como poeta, publicou cinco coletâneas, sendo a mais recente Tangente do cobre (2021). Mantém o site www.alexandrepilati.com
Bernardo Ricupero – Doutor em Ciência Política e professor da Universidade de São Paulo/USP Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em História do Pensamento Político, atuando principalmente nos seguintes temas: pensamento político brasileiro, pensamento político latino-americano, marxismo, nacionalismo e romantismo.
Manoel Dourado Bastos – Professor Adjunto de Comunicação, Cultura e Sociedade na Universidade Estadual de Londrina. Doutor em História e Sociedade pela Unesp (Assis). Atualmente, é diretor científico da União Latina da Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura – Brasil (Ulepicc-BR). É membro da editoria da Revista Eptic. Coordena o Grupo de Pesquisa de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura da Intercom
Mediação: Dra. Rita Coitinho (Museu Victor Meirelles e Nino Gramsci/UFSC) – Cientista Social, mestra em Sociologia pela Universidade de Brasília e Doutora em Geografia Humana pela Universidade Federal de Santa Catarina. É tradutora de obras de filosofia e ciências humanas e autora de Entre Duas Américas (Insular, 2018). É técnica em assuntos culturais/Socióloga no Museu Victor Meirelles (Ibram), onde coordena os programas de pesquisa e de exposições.