O Museu Victor Meirelles (Ibram/MinC) definiu quais serão as duas exposições de curta duração que estarão em cartaz até o final do segundo semestre de 2023 e no primeiro semestre de 2024. Escolhidos por comissão julgadora, os projetos contemplados foram “Leitura sensorial”, de Mozileide Neri, e “Ser Negro”, de Sergio Adriano H. Os critérios analisados foram a adequação ao espaço e viabilidade de execução, a originalidade e qualidade técnica, a adequação ao público infantil e a promoção de interatividade e de acessibilidade.
Em “Leitura sensorial”, Mozileide utilizou o livro como suporte para criação de 30 obras táteis multissensoriais produzidas entre 2019 e 2023, divididas em quatro núcleos expositivos: sensações visuais, auditivas, olfativas e táteis. Ao manusear cada obra, o visitante é estimulado a construir novas sensações subjetivas através da experiência sensorial. A pesquisa foi iniciada em 2018 após imersão de dois meses no Museu da Inclusão (SP). O objetivo é ressignificar o objeto livro. A principal referência da pesquisa é a artista e propositora mineira Lygia Clark.
Já em “Ser Negro”, Sergio busca discutir as problemáticas sociais do racismo e do preconceito, bem como a inserção do artista negro nas artes visuais. A partir de fotos, vídeos, instalações e objetos, o artista questiona o sistema simbólico chamado “verdade”, conceito nem sempre contemplado nos livros da história do Brasil, cujos textos apostam no apagamento social dos negros. O projeto foi premiado pelo Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura –Artes – 2021, da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). A curadora convidada é Juliana Crispe.