INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS

Museu Victor Meirelles

MVM encerra exposição com obras do artista catarinense Aldo Beck em 16 de dezembro

publicado: 07/12/2023 18h35, última modificação: 07/12/2023 18h37

A exposição de curta duração “Aldo Beck: Memória das Coisas”, em cartaz no Museu Victor Meirelles (Ibram/MinC), será encerrada no dia 16 de dezembro de 2023 (sábado). São apresentadas diferentes facetas da produção do artista Aldo Beck (Florianópolis, 1919-1999) – processos criativos, pinturas de paisagens, reproduções da arquitetura da cidade, retratos de pessoas da comunidade ilhéu e experimentações que se distanciam de seus trabalhos tradicionais, com uso de diferentes técnicas e linguagens. A visitação é gratuita e ocorre de terça a sexta, das 10 às 18h, e aos sábados, das 10 às 15h.

Somente duas das obras que estarão em cartaz pertencem ao acervo do museu – o restante é propriedade da coleção particular de Artur Beck Neto, filho do artista, detentor de grande parte de suas obras. Aldo Beck foi, durante certo período, frequentador assíduo do Museu Victor Meirelles, onde, além de expor, auxiliava nas ações educativas, compartilhando suas experiências com o público. Com esta exposição, no ano em que Florianópolis completou 350 anos, celebra-se a trajetória de Beck com a apresentação de obras inéditas e a proposta de um olhar contemporâneo para a sua produção.

O artista
Aldo Beck nasceu em Florianópolis em 1919 e começou a pintar ainda criança. Autodidata, experimentou o óleo, a aquarela, o nanquim, dentre diversas outras técnicas. Na juventude, produziu também cenários para teatro, cartazes para cinema e proclames (A Verdade em Revista n. 44, 1986). Se, durante um período o artista se afastou das tintas, exercendo exclusivamente seu trabalho como servidor público, seu retorno à produção artística registrou a cidade de Florianópolis, suas paisagens e personagens, como poucos, fazendo-se um funcionário social da memória visual (GOUDEL, 2017).

Ganhou notoriedade com a reprodução da paisagem urbana em um momento no qual a discussão sobre o progresso tomava conta da sociedade. O pintor se preocupava em registrar uma Florianópolis em parte ainda existente, em parte reconstituída pelo artista. Não era a imaginação que dominava sua criação, e sim a pesquisa nos arquivos e bibliotecas, por vezes sob a orientação do amigo e historiador Oswaldo Rodrigues Cabral, como no caso da reconstituição da igreja que posteriormente se tornaria a Catedral Metropolitana. Beck almejava a fidelidade a uma paisagem do passado, em um esforço para preservar, por meio de suas obras, uma Florianópolis que não mais existia, ou que temia desaparecer.

Uma das características marcantes da obra de Aldo Beck é sua predileção à reprodução fiel daquilo que escolheu representar. Não se enquadrava, assim, de acordo com os críticos, no movimento modernista que se manifestou em Florianópolis entre as décadas de 1940 e 50. É possível, no entanto, encontrar na produção do artista obras que se distanciam de seus trabalhos tradicionais e que apresentam diferentes técnicas e linguagens.

SERVIÇO

O QUÊ: Exposição “Aldo Beck: Memória das Coisas”
QUANDO: Até 16 de dezembro de 2023
VISITAÇÃO: Terça a sexta, das 10 às 18h, e aos sábados, das 10 às 15h
ONDE: Museu Victor Meirelles. Rua Victor Meirelles, 59, Centro. Florianópolis, SC
ENTRADA GRATUITA.